quarta-feira, 9 de julho de 2025

Coração Stoner

Terminei esse blog há anos, e ainda assim, ele sempre é visitado.
Talvez quem me visita procure, assim como eu quando o revisito, fragmentos do passado. Aqui tem muito passado dolorido. Aqui tem muita verdade sobre muita ilusão que eu mesma criei e alimentei.
Quando quero ver minhas fotografias antigas, entro aqui porque é nas letras que me enxergo.
Só que é distorção pesada, coração stoner, afinado 1 tom e meio abaixo.



sábado, 2 de junho de 2012


É com essa frase, citação, dito popular, ou seja o que for que encerro as atividades aqui no Tripas.
Obrigado a todos que leram, se interessaram, acompanharam! O blog ficará aqui, disponível pra quem quiser reler. Vou morar em outra árvore, distante daqui algumas boas milhas onde prosseguirei publicando negras linhas.
Arrivederci! flap flap flap.

Ah! Se você sentir falta dos peixinhos, não se preocupe! Levei comigo.
^.^

flap flap flap...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lacrimosa - Bresso

Forever

A morte
a doçura
teu beijo
tua ausência
a queda
a perda
A morte
a escuridão
meu lar, teu lar
Nossa casa
a doçura
teu beijo
a morte
a perda
a queda
a escuridão
a loucura
Nossa casa

Linhas Antigas V - Ritual



Esqueci da acetona. Com um esforço preguiçoso fui até a gaveta pegá-la. “Here comes the rain again...”. Levantei da cadeira dançando languidamente. Olhei-me no espelho. Através dele. Nossos olhos encontraram-se provocantes. Eu e ela. Ela! Aquela minha metade que insistia em rir da outra que foi sepultada. Os cabelos negros desgrenhados, as olheiras confundindo-se com o contorno negro da maquiagem. Óh! Que Byron diria se me visse rodopiando com meu par invisível, os olhos vidrados, a alma cheia de melodias obscuras?
O cheiro forte de acetona me fazia tossir. Resquícios de gripe. Resquícios de coração. Tudo espalhado pelo chão. As unhas agora pretas, refletindo foscas a luz da luminária amarela.
- Muito melhor assim! – Byron contemplava-as.
...Em meio a um ritual. A fogueira estalando alta. Sacrifício, altar, magia. Faces desconhecidas, encobertas. Os pés descalços e leves, guiando minha alma embriagada. “Our 666 has got a name...” As escamas arrepiadas. Dançava com movimentos sensuais, lentos, preparando um encantamento. Sabia que ele me observava de longe. Entre as árvores densas. “We burn in flames again and again, in our dark secret love...”
O fantasma de Byron aplaudia – Bravo! Bravo! – o bater de palmas distantes.
Caí, e ninguém me viu. Permaneci. As folhas secas enroscadas em meus caracóis negros. As formigas caminhando sobre meu corpo. Aranhas com pernas longas e asquerosas caminhavam sobre mim, arrepiando-me. Delírios.
O hálito fresco e gélido do orvalho despertou-me. O verde-musgo das copas das árvores. Os pedaços recortados do céu quase branco. Estava nos braços do homem que adorava. Levantei-me e ajeitei meu corpo sobre o dele. Desenroscadas, as folhas secas agora estavam no chão, encharcadas de acetona...


† Corvo †
- Memórias...

Linhas Antigas IV

Como a um santo coloquei-te no altar
Fiz de tua figura, pouco clara, minha guia
Tranformei-te mortal em titã.
Feriu-me ferro forjado.
Sangro
Cri na ausência de todo o mal
E agora choro,
Diante de tua impassível imagem.