terça-feira, 28 de setembro de 2010

The Fall of Every Season - Her Withering Petals

Fecho os olhos e lá estou, no meio dessa paisagem,

Você também consegue ouvir o vento? As folhas estalando?

A Terra dá voltas, o céu está em mim, pertenço....a ela....em vida.

Na morte, caminho livre

Pertenço a nada.

na....da......

- A banda é Norueguesa, e foi o Yuri que descobriu, na verdade o cara é norueguês....fóda demais. -

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

.


A noite sonhava, tão tarde era. No bosque úmido aguardava nervosa o momento. Ao sentir o sinal elevei minha voz que ecoou rapidamente entre os troncos e logo depois perdeu-se nos vazios inomínáveis daquele mundo:

- Criaturas da noite! Aproximem-se! Como já sabem essa é a madrugada escolhida. Ele deve morrer. Não se esqueçam, deve morrer sorrindo!

Ao pronunciar as palavras senti as figuras horripilantes aproximando-se em trajes desconhecidos. Eram formas indecifráveis. Tinham os olhos vidrados postos em mim. De releançe, entre seus risinhos anciosos, vi faiscarem as presas proeminentes.

Éramos um organismo vivo e tínhamos um pacto para cumprir. Enfim estaríamos libertos e meu corpo descansaria eternidades, devorado aos poucos pelos vermes, a alma liberta vagando entre universos e manipulando elementos. O Fim daquela tortura secular.

Ouvímos então um urro escabroso. Era ela, minha querida besta guardiã do Inferno. Cada molécula de meu corpo entrou em sintonia com aquela grandeza. O momento feriu minha alma e uma lágrima queimou, fervente, meu rosto. Raiva, saudade:

- Avante criaturas da noite! É nossa hora! Somos um, nada tememos!

Berros foram destilados pela horda. E a grande massa passou a mover-se. Patas, pés e garras abriam caminho destruindo as plantas mais frágeis, cobrindo aquela terra de homens e deuses. A cada segundo a distância diminuía.


†Corvo†

- Sonhorama -
imagem: RooTube

domingo, 19 de setembro de 2010

Desfecho?/ "- Passagem"



Estou fascinada!
Revivem memórias latentes
Frio intenso e o ar tão leve!
Presenciar esse ato, séculos encerrado
Faz meu sangue correr ao contrário

(Náuseas). Desmaio

Passado, apreensivo,
segura-me nos braços
Observando meu respirar dormente
logo abandona todo aquele ar temente.
Gracejo, sorrio-lhe, entrego-me
faço parar meu coração
Doce ritual de dor, morte e libertação...


†Corvo†
- Memórias de uma quase Vida -
imagem: se alguém souber o autor...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Old Funeral - Devoured Carcass

mais uma, irresistível...mtu sexy esse som!

Ao som de

Old Funeral - Alone Walking

Essa vocês conheciam??? mtu loka a formação dos caras...

Death Whispering


I still don't know
what i'm doing here
I'm wandering inside the night
no need to close my eyes tight
I can feel her soft breath
speaking behing my neck
She tortures my heart
With her cold ancient lips
I wanna deadly kiss her
'till my mouth starts to bleed
Kill me! Kill me!
at the corner of that street




†Corvo†
-Memórias de uma quase...-

foto: Senhorita Ashayanaa, é isso?

sábado, 11 de setembro de 2010

Presunto é bom ahahahah

to precisando de um misto quente....-.-
só ele pode me salvar, das crueldades desse mundo!
Óh !




sexta-feira, 10 de setembro de 2010

3 por 4


Dança Vertiginosa
esse teu doloroso existir
Estou completa sem estar,
Valsando sem meu par

A sorte me tem sido venenosa
Não nasci para compartir
Estou doida! Começo a delirar
E a valsa nem sinal de terminar



†Corvo†
- Memórias...-

Imagem: The Houston Ballet, World Dracula Premiere, 1997.





terça-feira, 7 de setembro de 2010

"Beautiful yet dangerous"


Ao som de Pyretta Blaze !!!

Type O Negative! Yeahhhh

Escrevendo...



As margens das antigas vielas estavam repletas de folhas secas. Fazia um frio úmido ali dentro, e qualquer interferência exterior desistia ao tentar atravessar as altas muralhas de cimento. Nada abalava aquela tranquilidade "morrida". O próprio vento parecia nascer ali mesmo, em uma das extremidades do terreno e depois, varrendo-o saudoso, entediava-se e dispersava suave, até perder suas forças e desaparecer, entre os inúmeros caminhos. As rachaduras atravessavam tortuosas metros e metros do pavimento antigo deixando claro, pelo menos para um observador cauteloso, que tudo aquilo não pertencia a ninguém. Na verdade, era um pouco paradoxal, porque ali, tudo tinha vida: o cimento, a natureza, as pedras, o céu, as almas. Basta a mesquinha interferência humana se afastar e surge a vida de verdade, com suas próprias leis, causando calafrios naqueles que se julgam vivos realmente.

Sempre que venho, faço caminhos diferentes. Nos dias de tempo bom, como dizem, quase sempre encontro pessoas vagando entre os jazigos, distantes de tudo. É como se na terra dos mortos elas se anulassem. Aqui, a vida não tem nenhum valor, é poeira que se acumula entre cantos e frestas, sobre as emendas de mármore dos mais abastados, sobre as letras apagadas dos mais simples.

Hoje o tempo está "ruim", como dizem, mas a verdade é que adoro esses dias. A luz baça entre as nuvens opacas e o ar mais gelado me trazem a sensação de que a humanidade não é nada além de uma morada temporária, uma passagem que logo terminará. Um alívio...pelo menos para mim.

Hoje trago-te lírios, porque na semana passada foram rosas vermelhas (ai, aqueles espinhos...), na outra semana foram...

Número 7, quadra 15, meus pés viram à direita sem questionar. Passo pelos Montori, pelos Nascimento, pelos Netos. E toda vez que estou quase chegando meu coração acelera um pouquinho. Que tipo de esperança? Não sei. Esperança de morrer, de te ver em assombração...qualquer que seja...

E quando olho o nome de tua família encrustado na pedra o coração desacelera e viro presa fácil das lembranças, cenas passadas. Meus olhos rapidamente perdem o foco, nenhuma imagem ao meu redor é necessária pois o palco é montado dentro de mim mesma: palavras, melodias, sons, detalhes. Todas as vezes me ocorrem lembranças diferentes.

...nossas tardes juntos. O sangue que corria em mim corria dentro de ti também. Enquanto estávamos deitados lado a lado na cama, a tarde ia desmaiando vermelha e laranja. Abraçava-te firme para que tu não me escapasses. E assim passava horas perdida dentro de teus olhos, desejando que o tempo deixasse de passar. Mas ele não parou...

Tantas lembranças...e agora as lágrimas escorrem copiosas...

Às vezes choro alto, não sei dizer, e todas aquelas lápides portentosas do século passado me envolvem e não deixam que o som se propague. Não há viv'alma que escute, imagino.




(continua)


†Corvo†
-Memórias -