sábado, 26 de novembro de 2011

Another One




Conceda-me a honra dessa dança,
meu amor...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pra aquecer os corações!

Tarô



Infelizmente
...você não escuta meu coração bater mais forte.
Agoniza a Fantasia, amarrada a um sonho que
não se realizará.
A falta grave. O pecado e a culpa. A promessa, dívida não paga.
E o vento, livre, sussurra manso
Acaricia minha face marcada,
mantém-me consciente, em terrível agonia.
Estou com medo do desconhecido.
Porque tudo é tão desconhecido.
(...)
E vislumbrei-te.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Você morreu em mim.


Achei que ainda te amava.
Já não amo.
Não quero mais ninguém.

Somem as cores,
fogem-me os sonhos,
A realidade como terminou:
Morta;

Sou eu,
Deitada, sobre os vapores do sol
que se inclina.
Pálida, Insensível.

domingo, 13 de novembro de 2011

...


Perdida, vazia e triste.
Queria morrer.
Óh my god,
Nature! My Goddess...
How I wish.....to Die..,
...hear me... 
Help me.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

sábado, 3 de setembro de 2011

One night.


8h46. – ?


Uma exaustão de viagem. São mares terríveis estes daqui.
Tenho-a em vista desde que embarcou silenciosamente no porto em WarsLand. Vestia uma capa negra por cima das roupas, sugerindo luto. A única vez que levantou os olhos foi para mirar um pássaro que cortava o céu cinza; tinha os olhos rasos de lágrimas.


8h47. (dias depois) – ?


Escutei-a essa noite, soluçando durante o que me pareceram horas. Crente que ninguém a ouvia deixou o desespero invadir seu coração, entregou-se às tristezas misteriosas.
Óh céus! Já não posso mais vê-la em dor. Já não agüento...


8h46. (dias antes) – C.


Finda minha aflição! Embarquei sem destino, sem aviso, nesse navio de perdição. Foi pura covardia, um ato desesperado; a falta de coragem para abreviar minha vida me deixou uma única escolha: deixar tudo para trás. Não trouxe santos, imagens ou altares. Sacrifico minha fé com olhos cegos pela descompreensão. Mas pergunto se deveria lutar até a morte pelo que acredito ou se deveria morrer só, durante a jornada, rendida...completamente abandonada.
Ora, não encontrando resposta alguma, abandonei a mim mesma!


8h47. – C.


Cristo! Não mais te creio. Alguém tem piedade de mim? Essa dor no peito me tortura lentamente. Já não posso mais. Mata-me! Mata-me!


8h48. – ?


O dia acaba de raiar. Ela circula entre a tripulação sem ser notada. Um fantasma frio e gracioso.
Assim que a percebo meu coração ameaça desandar. Os cachos negros, cor de abismo, emolduram o rosto abatido pelas lágrimas da madrugada anterior, no entanto, ainda assim, ela possui uma força selvagem, capaz de arrebatar qualquer um que se coloque à sua frente.
O que? Ela olha pra mim de relance, como a pedir socorro? Enlouqueço? Ou ela me nota desde o dia em que embarcou nesse navio agourento?
Quando consigo compreender o que estava prestes a acontecer é tarde demais.
Em um movimento rápido ela se atirara nas águas salgadas.


“Homem ao mar”


8h51 – ?


Seguro uma das mãos da estonteante mulher. Quero salvá-la, minha aflição aumenta. Está tão imóvel que chego a duvidar que seu coração ainda bata. Mas bate!
Saio da cabine e choro em silêncio, imaginando o que ela teria feito, qual pecado cometera para chegar ali. E porque os céus queriam arrancar impiedosos, a vida daquele anjo terreno...nossa...


8h52 – C.


Sinto dor. Muita dor. E...sangue? Não seguro o grito agudo e então sinto duas mãos segurarem as minhas com força, como se tentassem impedir aquele sofrimento. Em alucinações me perco. Não me deixe! Sejas tu quem fores. Mas sei! Te reconheço!...
A dor quase silencia, e aquecida adormeço...


8h53 – ?


Rezo dias e noites para que ela melhore. E tendo superado a maior aflição, vejo, lentamente, a cor voltar-lhe à face. Toda vez que abre os olhos me procura e encontrando-me, estende os braços como uma criança. Não a deixo, um segundo sequer.


(continua...)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

April 14


Inesquecível.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Deleite/Consequências


Enquanto chorava de desgosto, deitada na cama sob as cobertas, vinham-me delírios e obscuros pensamentos. Meu coração batia pesado; e em luto, arrastava o sangue fazendo-o circular devagar, como um rio lodoso, as águas das margens ficam ali tantas semanas que começam a criar insetos repugnantes.
Para mim não havia solução: nunca o teria. Deitada ali, sem notícias dele, e contrariada sentia-me derrotada. Não conhecia nenhuma saída. Era uma agonia constante, que nunca me abandonava, velando, como uma assombração mal resolvida vela o cadáver já consumido.
Me esforçara para lembrar algum outro momento de minha vida em que sofrera tanto, mas nem mesmo os castigos e proibições mais medonhos a mim impostos chegavam perto das consequências que me causara o amor negado.
"Impressiounou os nervos de forma tal que...- o médico comentou - precisará de um mês de repouso"
A verdade é que deitada ali não desejava nada. Nem comer, nem dormir, beber, conversar, nem caminhar sob a luz do sol, nada.
Não ouvia ruído algum. Meus olhos estavam bem fechados e logo a embriaguez dos sonhos apoderou-se de meu corpo debilitado. Pensamentos indefinidos e incontroláveis invadiam com cenas desconexas minha mente, e, vindo em fluxos descompassados logo desprenderam-me da realidade.
Liberta. Meu corpo tão leve. Não havia mais peso algum, de existencia alguma, dor ou angústia. Ao contrário, uma felicidade absurda veio até mim..., e havia música...uma música sempre presente, com uma melodia estrangeira, encantadora.

" Ele não pode ser seu, nunca será. Ele não quer " E uma risada nojenta finalizou as frases.
No paralelo só meus sentidos funcionavam, controlados não pela mente, mas pelas vontades; estas muito mais selvagens e perigosas.
Então logo me dei conta do que acontecia. Meu corpo inerte estava sobre a cama e lá ficara. Mas a alma estava deitada em outro lugar, outra cama. A impressão era de estar com as mãos cruzadas sobre o peito. Ainda que estivesse de olhos bem abertos o ar estava desfocado, tudo era de um branco muito pálido e borrado. Então uma sombra se inclinou sobre meu corpo esticado. "É ele, meu carrasco!" um tremor e um arrepio. Não, não é. A pessoa se debruçou ainda mais sobre mim. Senti algo esbarrar de leve sobre minha face. Longos cabelos. Um homem...me senti anestesiada...já não podia manter os olhos abertos...mas sua silhueta me ficara gravada na retina. Passava a mão sobre meus cabelos, alisando-os, delicadamente.
Alguns instantes depois consegui perceber que ele falava, mas falava numa língua estranha, quase cantada. Não faço idéia do que falava, mas eram palavras carinhosas, cheias de afeto, uma voz reconfortante. De repente passou uma das mãos por detrás de minhas costas para me levantar, e então colocou-me um colar. Deitou-me novamente. E então fechei os olhos e me perdi naquele estado de embriaguez. Como poderia estar em dois paralelos distintos ao mesmo tempo foi algo que só me questionei bem mais tarde. Ali naquele momento, tudo o que desejava, era continuar semi-lúcida, em companhia daquele homem, que de alguma forma, me era tão familiar....quem era?....quem........quem..............qu....q?

Pintura: É da Dorothea Tanning, fantástica essa mulher...a capacidade de pintar o surreal que tento narrar....!!!

Eyre

"A claridade do dia começava a deixar o quarto vermelho; passava das
quatro, e a tarde nublada descambava para o sombrio crepúsculo. Eu ouvia a
chuva ainda açoitando continuamente a janela da escada, e o vento uivando
na alameda atrás da sala; fui ficando fria como uma pedra, e aí minha
coragem afundou. O habitual estado de humilhação, insegurança e depressão
em que eu vivia se abateu, frio, sobre as brasas de meu ardor em declínio.
Todos diziam que eu era má, e talvez fosse mesmo, que idéia tivera eu, se
não a de me imaginar deixando-me morrer de fome? Isso certamente era um
crime e estava eu preparada para morrer? Ou seria a cripta sob o coro da
Igreja de Gateshead um destino convidativo? Naquela cripta, tinham-me
dito, jazia enterrado o Sr. Reed; e levada por esse pensamento a lembrá-lo,
demorei-me nisso com crescente temor.
(...)
Ocorreu-me então uma idéia singular. Não duvidava — nunca duvidei —
de que, se o Sr. Reed estivesse vivo, me trataria com bondade; e agora,
sentada ali olhando a cama branca e as paredes ensombrecidas — e
ocasionalmente, também, volvendo um olhar fascinado para o espelho de
brilho baço — comecei a lembrar-me de que tinha ouvido falar que os
mortos, perturbados em suas tumbas pela violação de seus últimos desejos,
revisitavam a terra para punir os perjuros e vingar os oprimidos; e pensei que
o espírito do Sr. Reed, atormentado pelos maus tratos à filha da irmã, podia
abandonar sua morada — na cripta da igreja ou no mundo desconhecido dos
que se foram — e erguer-se à minha frente ali no quarto. Enxuguei as
lágrimas e abafei os soluços, temendo que algum sinal de dor violenta
despertasse alguma voz sobrenatural para consolar-me, ou evocasse algum
rosto aureolado, curvando-me sobre mim com estranha piedade. Senti que
essa idéia, consoladora em teoria, seria terrível se realizada; esforcei-me por
sufocá-la com toda a minha força — esforcei-me por ser firme. Afastando os
cabelos dos olhos, ergui a cabeça e tentei olhar corajosamente em volta do
quarto escuro; nesse momento, uma luz fulgiu na parede. Perguntei-me se
seria um raio de lua que penetrava por alguma abertura na veneziana. Não; o
luar era parado, e aquilo se movia; vi a luz subir deslizando para o teto e
tremular acima de mim. Posso conjeturar agora que aquele raio era, com
toda probabilidade, a luz de uma lanterna levada por alguém que atravessava
o gramado; mas naquele momento, preparada como estava a minha mente
para o horror, abalados como estavam meus nervos pela agitação, pensei que
o rápido raio era o anúncio de alguma visão próxima do outro mundo. Meu
coração disparou, minha cabeça ficou quente; encheu-me os ouvidos um som
que julguei ser o bater de asas; parecia haver alguma coisa perto de mim;
sentia-me oprimida, sufocada; a resistência cedeu; corri para a porta e sacudi
a maçaneta, num esforço desesperado. Ouvi passos que se aproximavam
correndo pelo corredor externo; a chave girou, e Bessie e Abbot entraram.
— Srta. Eyre, está doente?
— Que barulho terrível! Me penetrou até as entranhas! — exclamou a
Srta. Abbot.
— Deixem-me sair! Deixem-me ir para o quarto das crianças! — foi o
meu grito.
— Para quê? Está machucada? Viu alguma coisa? — perguntou de novo
Bessie.
— Oh! Eu vi uma luz, e pensei que vinha um fantasma. — Apoderarame
da mão de Bessie, e ela não a retirou.
— Ela gritou de propósito — declarou Abbot, com certa repugnância. —
E que grito! Se estivesse com alguma dor forte, seria desculpável, mas era só
para nos trazer aqui; conheço os truques baixos dela.
— Que confusão é essa? — perguntou outra voz, peremptória; e a Sra.
Reed veio pelo corredor, a touca ampla esvoaçando, o vestido farfalhando
ruidosamente. — Abbot e Bessie, creio que dei ordens para que Jane Eyre
fosse deixada no quarto vermelho até que eu própria viesse vê-la.
— A Srta. Jane gritou tão alto, madame — suplicou Bessie.
— Solte-a — foi a única resposta. — Solte as mãos de Bessie, filha; não
conseguirá sair por esses meios, pode estar certa disso. Detesto artifícios,
particularmente em crianças; é meu dever mostrar-lhe que os truques não
funcionam; agora você ficará aqui uma hora mais, e só a libertarei sob a
condição de total submissão e silêncio.
— Oh, tia! Tenha piedade! Perdoe-me! Eu não agüento... que eu seja
castigada de outra forma! Morrerei se...
— Silêncio! Essa violência é quase repulsiva. — E era, sem dúvida, o
que ela sentia. A seus olhos, eu era uma atriz precoce; sinceramente,
encarava-me como um misto de paixões violentas, espírito mesquinho e
perigosa duplicidade.
Tendo-se Bessie e Abbot retirado, a Sra. Reed, impaciente com a minha
agora frenética angústia e meus desenfreados soluços, empurrou-me
abruptamente para trás e me trancou, sem maiores delongas. Ouvi-a afastarse;
e pouco depois de ela se ir, suponho que tive uma espécie de ataque, a
inconsciência encerrou a cena."

A autora é Charlotte Brontë, irmã de Emily, e o romance é Jane Eyre, de 1847...aiai

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

!

Para superar é preciso mudar.
Fato.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quero ir....pra lá...e ficar para sempre perdida....
Dracula's Castle